Quantas vezes já li essa frase nas redes sociais e acredito que sofro desse mal.
Não o de comer nutella! Isso é bom...
O de querer agradar todo mundo mesmo.
Acho que a minha agradite começou ainda criança, quando senti os primeiros sintomas. Ficava triste quando alguém ficava triste e me quebrava em vinte para fazer a pessoa feliz. Chegava a dar algo meu para tanto. Abdicava de coisas que queria fazer em prol dos outros.
Com o tempo os sintomas de agradite se intensificaram e eu passei a ter um quadro crônico, com direito a um efeito secundário de baixa-estimatite. Tudo girava em torno dos outros e o que os outros queriam. Ficava feliz vendo que fizera os outros felizes.
Alguém da plateia pode dizer: mas isso é bom! É empatia, caridade.
Até certo ponto, até certo ponto.
Quando passamos a nos deixar de lado o tempo todo, nos apagando e esquecendo de nós mesmos em prol do outro, é agradite. Uma doença que deve ser tratada.
E foi o que fiz. Dez anos de psicoterapia na veia, uma vez na semana.
Não posso dizer que minha agradite foi embora cem por cento. Ainda é muito importante para mim fazer as pessoas felizes. Mas tento me inserir no contexto, não me perder de vista, nem ultrapassar meus limites. Aprendi que agradar a mim mesma também é bem importante.
De vez em quando tenho recaídas e fico achando que incomodei a pessoa, que deveria ter feito isso ou aquilo. Mas quando esses pensamentos acontecem, converso comigo mesma, com todo amor e carinho, digo:
Calabocasualocavaisetratar.
E tudo fica bem de novo.
Se conhecer e saber lidar com as suas mazelas é a chave para uma vida feliz.
A gente precisa se livrar desta "agradite" o quanto antes... rsrsrs
ResponderExcluirKkkkk certeza!
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