29 fevereiro 2016

De peito aberto


Não gente, esse texto não é sobre feminismo, queimar o sutiã, blá-blá-blá.
Nada contra o feminismo. 
Talvez contra o sutiã. 
Mas isso é materia para outro post. 
Nesse quero falar sobre o perdão. 
Ô tema difícil, sô! 
Me peguei pensando nisso esses dias, quando me decepcionei com uma pessoa que gosto. Sim, eu sou humana, de carne e osso e decepção. Como toda boa integrante da raça eu crio expectativas e me magoo frente às injustiças, grosserias gratuitas e outras coisitas. 
O fato é que na hora que acontece o problema nos sentimos tristes - pelo menos eu me sinto. Depois sentimos raiva - porque a pessoa me tratou/pensou/agiu assim? E depois deveria vir o entendimento, primo do perdão. 
Deveria, né? Porque na maioria das vezes a raiva fica, fica, volta pra tristeza, quica pro rancor, que chuta pro gol. 
Se perdão fosse fácil o mundo seria bem diferente. Viveríamos em paz com todos e provavelmente metade dos posts das redes sociais não existiriam. Minto. Mais da metade. 
Ouvi algo muito bacana e que penso ser certíssimo: nossos sentimentos nos atingem. O que pensamos é o que nos alimenta. Ou seja, penso coisa boa logo existo coisa boa. 
Seguindo essa linha de filosofia, entendemos que o perdão não é para os outros e sim para nós mesmos. 
Quando perdoamos alguém eliminamos aquilo que nos consumia, drenando a energia, invadindo os sonhos e trancando a mandíbula.
Adianto novamente que não é fácil. É mega-ultra-tabajara difícil. A maioria não sabe nem o significado da palavra. Ou perdoa da boca pra fora, dá beijinho no ombro e na primeira oportunidade difama a criatura. 
Não olha pro lado como se não soubesse do que eu estou falando! Todos temos muito o que exercitar para chegar na atitude limpa e clara do perdão. 
Todo mundo concorda comigo que esse Papa é pop, mesmo. Mas mais do que pop, ele é um ávido defensor do perdão. Nos lembra todos os dias que a raiva consome a alma, a tristeza escurece os dias e o rancor nos faz caminhar para trás. 
E para perdoar basta uma coisa. Colocar o orgulho de lado. Porque ele é o chefão mafioso que comando toda a galera. E nos faz pensar que somos melhores que alguém. 
Bom, se descobrirem uma forma diferente de praticar o perdão me avisem. 
Enquanto isso eu sigo, de peito aberto, tentando praticar o perdão e me puxando a orelha sempre que meu cérebro - humano!- rejeita a opção. 
De preferência sem sutiã. 
Ô coisa desconfortável! 


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