09 setembro 2015

Ser ou não ser intolerante, eis a questão! Tem opção?



Ser intolerante é um troço difícil. E não estou falando de alguém complicado de lidar e que não tolera os outros. Falo de alguém que não pode comer alguma coisa. 
Isso! Esse tipo ai. Você já achou que eu estava falando daquele vizinho chato que te manda abaixar o volume da TV. 
Não, estou falando de mim. Prazer, me chamo Vanessa e sou mega-ultra-totalmente-demais intolerante ao leite. E apenas mega intolerante ao glúten. Isso vale para minha filha. E para meu marido. Unidos na incapacidade de tolerar alimentos! Uhu! 
O fato é que isso não é muito legal, não. Até porque tudo tem leite e tudo tem glúten. Para completar minha filha é intolerante ao ovo também. Aí ferrou, tudo tem ovo messsmooo. 
Mas, não costumo chorar em cima do leite (de soja) derramado. Sou prafrentex! Aprendi a fazer muitas coisas legais para meus amores. Virei ninja da farinha de arroz com leite de coco. Uó!! 
Resolvi escrever esse post para mostrar aos que não são intolerantes, como é difícil ser intolerante e como é complicado ser intolerante no Brasil. Se para ser intolerante exige um jogo de cintura, ser intolerante no Brasil exige um reboleichom fenomenal. 
Se você pergunta: tem leite? O garçom responde que não. Quando você come e passa mal ele diz: não tem leite, só um pouco de nata, requeijão, e um tiquinho de ricota. Bom, né? 
Se você vai ao supermercado, a prateleira para intolerantes (se ela existe) é quase que imperceptível, escondida e misturada com os produtos ripongas (nada contra, nada contra). 
Não estou dizendo que nos EUA a situação é muito melhor em termos de restaurante. Até hoje não entendo como o Mickey não é gordo. Mas em termos de supermercado, eu pareço pinto no lixo. Tudo o que você imaginar e mais um pouco para nós, pobres intolerantes famintos por porcarias possíveis. 
E se tudo isso não bastasse, ainda tem aquele ser desprezível, que acha que intolerância é frescura e fica te empurrando um bolo desgranido com  todos os integrantes da família do leite. E fica chateado se você recusa. 
O fato é que ser intolerante não é uma opção. É uma condição física. O intolerante passa mal, tem problemas de saúde, definha se ingere aquilo que lhe causa processo inflamatório. E ponto. Sem mimimimi. 
Meu marido sempre reclama que não gosta da palavra intolerante. Até porque somos pessoas bem bacanas. Então sugiro mudarmos para semleitex ou semglutex. Que tal? De hoje em diante  sou uma pessoa da categoria dos semleitex e tenho dito! De vez em quando em sempre sou adepta dos semglutex também. Minha filha também é adepta dos semovex. Gostei. 
E vou te dizer, quando apareço em aniversário de criança com os meus cupcakes especiais, não sobra um para contar a história. O importante é aceitar o que se é e como se é, para viver bem com o que se tem. Se você é vegetariano, vegano, sem leite, sem ovo, sem glúten, sem-o-que-quer-que-seja não importa. O que importa é ter qualidade de vida e ser feliz. Capiche? 


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