28 abril 2015

Doença da alma




Aqui estou eu em casa, podre de gripe, um trapo, com febre, delirando coisa e tal e pensei:
Boa hora para escrever um post, né? 
Certo? Errado!
Mas vou escrever mesmo assim.
Pensando no estado atual do meu corpo, realmente lamentável com todos esses vírus e germes se apossando da minha pessoa, acabei descambando para outro tipo de pensamento. Para outro tipo de dor lamentável.
A da alma.
Confesso que a doença física é ruim, muito ruim.
Mas a doença da alma é o dobro.
Aí você me diz: "Mas a doença do corpo mata."
A da alma também.
A diferença é que você continua respirando.
Mata os sonhos, a vontade de viver, a alegria e as esperanças.
Nos torna soturnos, enfiados dentro de nosso interior cada vez mais escuro. 
Nos impede de ver o que está a nossa volta, distorcendo, aumentando ou diminuindo alguma coisa.
A doença da alma é perigosíssima.
Começa já na nossa infância, construída aos poucos na adolescência, sendo a fase adulta a cereja do bolo.
As pessoas costumam dizer que não somos nossa história, mas o que fizemos com ela.
Concordo plenamente. Depende apenas de nós mudar a forma de lidar com as coisas, buscar uma terapia, exorcizar os fatos. 
Ensino minha filha que dentro da gente existem dois bichinhos. Um bom e um ruim.
Ela visualiza os dois como sendo iguais a um serzinho muito fofo chamado OmNom (para quem não conhece, pode visualiza-lo na ilustração desse post). 
Quando pensamos coisas boas, nos permitimos ver o lado bom da questão, respiramos fundo, sorrimos, perdoamos, pedimos e oferecemos ajuda, sentimos a tristeza e damos a volta por cima, alimentamos o bicho bonzinho.
Quando pensamos coisas ruins, prezamos o orgulho, a inveja, a ansiedade, as ideias de menos valia, o desejo de vingança e cultivamos a tristeza como algo para sempre, alimentamos o bicho ruim.
Só depende de você decidir qual bicho deseja alimentar e ver crescer.
Felizmente minha filha tem alimentado o bicho bom. 
Ela verbaliza, rindo: "Mãe, hoje o bonzinho comeu pizza!".
Delicia, filha!
Eu também tento alimentá-lo todos os dias. 
Tá, as vezes ele fica sem comer um tempinho, mas logo engorda de novo.
E você?
Que bicho tem alimentado?
E dá licença que eu preciso de um tylenol urgente. 

Beijos mil!







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