30 outubro 2014

Natal no dia das crianças

Minha filha resolveu que queria montar a arvore de natal. 
Chegou com os enfeites na mão, toda feliz. Sentamos e, juntas, começamos os trabalhos. 
Brincamos (os enfeites eram réplicas dos personagens da Disney e Universal, pediam por uma brincadeira!), conversamos sobre o natal, rimos, um momento muito bom. Admiramos nossa obra em construção.
No outro dia, resolvi contar o feito para uma colega. 
Qual foi minha surpresa quando a resposta foi:

- Já? Mas mal passou o dia das crianças! Quanta ansiedade!

Confesso que não esperava tal resposta. E também não vi impedimento para que minha filha montasse a árvore de natal. Não é tipo montar-árvore-de-natal-na-páscoa!
Mas essa passagem me fez pensar. Pensei em quantas vezes deixamos de fazer coisas que queremos por motivos sem sentido. Deixamos de sorrir, de brincar, de curtir, de comer, de dançar, de correr, de pular, de falar, de perguntar, de dormir, de viver. 
As pessoas confundem ansiedade com felicidade e condenam manifestações de todo o tipo. 
Vou sempre deixar minha filha montar a árvore de natal, mesmo que faltem vinte dias para o prazo comum-certo-legal-eficiente para montá-la (se é que isso existe). 
E espero que minha filha nunca perca esse jeito espontâneo e alegre, por conta de coisas sem sentido.
E que continue a montar árvores de natal no dia das crianças.
E deixe que seus filhos montem árvores de natal no dia das crianças. 
Amém!

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